Atenção!! Ortodoxos, vão embora de Goiânia Rock City. Depois de diversas bandas com formações improváveis e figuras raríssimas, chega ao Bananada os lusitanos do Born a Lion. Na bateria e nos vocais, o insano Rodriguez (Rodrigo Cassiano), um mezzo brasileiro, mezzo portuga desbocado que tem como filosofia de vida o "foda-se", destila vocais coutry-blues (vide Johnny Cash) com fidelidade mississipiana, aliado aos baixos distorcidos e agressivos de Nunez e as guitarras hard blues de Melquiadez (Bruno Catanhede). Variando entre a brutalidade do stoner e as transições ácidas do blues, chegam à ambientação necessária pra ver o público insandecido dando moshes que desafiam as "regras" de segurança. Os roqueiros d'além mar mostram porque andam fazendo tanto sucesso, participando inclusive da trilha sonora de um novo filme de nada mais nada menos que Quentin Tarantino! E é bem tarantínico o som dos caras mesmo, violência e peso. Digamos que, em uma noite com Born a Lion e Matanza, ninguém sairia vivo. O vocalista Rodriguez mostra uma simpatia ímpar por trás de sua agressividade. Ele conversa com o público, homenageia Mestre Laurentino, que ainda está dançando no palco, e mostra que baterista pode ser frontman, e ser muito bom. Mantendo o público preso até o fim, durante um pedido de bis alguém tenta fazer uma piada com o cara, gritando o já tradicional "TOCA RAUL". E ele tocou! Levando só na voz rouca e debochada e na bateria a pirada "Não Pare na Pista" do Raulzito. Os miúdos dão Show...
in Mitocôndria
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